quinta-feira, 1 de julho de 2010

Falando sério...

Vamos falar agora um pouco de um assunto sério.
Você sabe o que é 'bullying'? Já ouviu falar??
Este tema foi recentemente discutido no Blog Mãe é tudo igual, provocando uma reação forte por parte de muitos leitores. A autora do blog propôs uma blogagem coletiva no dia 05/07, para a divulgação do tema, e aproveitou para fazer um sorteio também, relacionado a isto. Confira lá: http://www.maeetudoigual.com.br/2010/06/chega-de-bullying.html
Vamos colocar aqui um artigo publicado na revista "Despertai!", que define e trata deste assunto sério, que tem causado muito sofrimento a muitas pessoas. Neste artigo, é usada a palavra INTIMIDAÇÃO para referir-se à prática do bullying, palavra esta que na minha opinião seria o mais parecido na nossa língua... Veja se já passou por isso, ou viu alguém ser vítima desta situação:

Intimidação — um problema mundial
“Se você vier à escola amanhã, nós mataremos você!” — Kristen, uma aluna canadense, recebeu essa ameaça por meio de um telefonema anônimo com voz de mulher.
“Não sou emotiva, mas cheguei a ponto de não querer mais ir à escola. Sentia dor no estômago e todas as manhãs, depois do café, eu vomitava.” — Hiromi, aluna adolescente no Japão, recordando sua experiência com a intimidação e a hostilidade.

VOCÊ já teve de lidar com uma pessoa que intimida e atormenta outros? A maioria de nós já, uma vez ou outra. Pode ter sido na escola, no trabalho ou até mesmo em casa — onde o abuso de poder é praticado com freqüência alarmante hoje em dia. Uma fonte britânica, por exemplo, estima que 53% dos adultos sofrem agressões verbais por parte do cônjuge ou da pessoa com quem vivem. Os atormentadores e suas vítimas podem ser tanto homens como mulheres de todas as posições sociais, em qualquer parte do mundo.

O que é exatamente a intimidação e a agressividade a que nos referimos? Não é necessariamente importunar ou agredir fisicamente. É mais no sentido de um grande e persistente número de pequenos incidentes que se acumulam com o tempo, em vez de um único incidente, ou vários deles. O psicólogo Dan Olweus, pioneiro no estudo sistemático do problema, identifica elementos comuns nesse comportamento, tais como agressividade deliberada e acentuada disparidade de força ou de poder entre o perpetrador e a vítima.
Talvez não haja definição que cubra todos os aspectos desse abuso, mas ele tem sido descrito como “desejo proposital e consciente de magoar outra pessoa e deixá-la estressada”. O estresse se manifesta não só pelo que realmente acontece, mas também pelo medo do que possa acontecer. Algumas táticas dos atormentadores incluem zombaria ferina, críticas constantes, insultos, bisbilhotice e exigências desarrazoadas.

Kristen, a adolescente mencionada no início, foi alvo de indivíduos que a afligiam durante a maior parte de seus anos escolares. No ensino fundamental eles colocavam goma de mascar no seu cabelo, zombavam de sua aparência e ameaçavam espancá-la. No ensino médio, as coisas pioraram — a ponto de receber ameaças de morte por telefone. Agora, aos 18 anos, ela lamenta: “A escola devia ser um lugar para se aprender, e não para receber ameaças de morte ou ser espezinhada.”
Certa especialista em saúde mental comenta: “É um aspecto triste, porém comum, da dinâmica humana. Há pessoas que se sentem melhor menosprezando outros.” A intensificação dessa atitude pode resultar em retaliação violenta e até mesmo em tragédia. Certo funcionário dos serviços de transporte coletivo, que tinha um problema na fala, sofria tanta zombaria e maus-tratos que acabou matando quatro colegas de trabalho, suicidando-se em seguida.

Um problema mundial
A hostilização e intimidação de crianças em idade escolar existe no mundo inteiro. Segundo uma pesquisa publicada na revista Pediatrics in Review, 14% das crianças na Noruega são perpetradores ou vítimas desse tipo de agressividade. No Japão, 15% dos alunos do ensino fundamental dizem sofrer intimidações ou ser importunados, e na Austrália e na Espanha o problema existe entre 17% dos alunos. Na Grã-Bretanha, um especialista estima que 1,3 milhão de crianças estejam envolvidas neste tipo de agressividade.
O professor Amos Rolider, da Universidade Emek Yizre’el, entrevistou 2.972 alunos, em 21 escolas. Segundo o diário The Jerusalem Post, ele descobriu que “65% se queixaram de ser esbofeteados, chutados, empurrados ou espezinhados por colegas”.
Um novo e insidioso costume é a intimidação digital — o envio de mensagens rebaixadoras por telefone celular e computador. Alguns jovens também criam páginas na internet cheias de ódio a respeito da vítima, incluindo informações pessoais. Segundo a Dra. Wendy Craig, da Universidade Queen, no Canadá, essa forma de agressividade é “extraordinariamente prejudicial para a criança que é vítima disso”.

No local de trabalho
Sofrer intimidação ou ser atormentado no local de trabalho é uma das queixas que mais crescem no que diz respeito à violência no trabalho. De fato, alguns países relatam que ela é mais comum do que a discriminação racial ou o assédio sexual. Todos os anos, 1 em cada 5 trabalhadores americanos são vítimas desse tipo de agressividade.
Na Grã-Bretanha, um relatório de 2000 do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade de Manchester, informou que, dentre 5.300 empregados em 70 organizações, 47% disseram ter presenciado incidentes de intimidação ou hostilização nos cinco anos anteriores. Uma pesquisa de 1996 na União Européia, baseada em 15.800 entrevistas em seus 15 estados-membros, mostrou que 8% — cerca de 12 milhões de trabalhadores — haviam sofrido intimidações ou agressões.

Tipos de agressores
▪ Agressores físicos: São os mais fáceis de identificar. Eles dão vazão à ira golpeando, empurrando ou chutando seus alvos — ou danificando a propriedade das vítimas.
▪ Agressores verbais: Usam palavras para ferir e humilhar a pessoa, por meio de palavrões, insultos ou persistente zombaria ferina e cruel.
▪ Agressores de relacionamentos: Espalham boatos maldosos a respeito da vítima. Esse comportamento é adotado em especial por mulheres.
▪ Vítimas reativas: São vítimas de agressividade que se tornam agressoras. Naturalmente, terem sofrido agressões não justifica sua conduta; apenas ajuda a explicá-la.
[Crédito]
Fonte: Take Action Against Bullying, de Gesele Lajoie, Alyson McLellan e Cindi Seddon
Numa postagem futura, mostraremos aqui a continuação do assunto, entitulada 'Como Livrar-se da Agressividade', com algumas sugestões práticas de como evitarmos sermos vítimas de situações como estas.

8 comentários:

  1. Patinha, estou participando tbm e minha postagem entra dia 05/07, adorei saber que você também está envolvida é um assunto sério e que merece toda nossa atenção. Beijocas amiga.

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  2. Patinha, muito obrigada pela sua participação. Se puder apareça no blog hoje e confira a lista com os demais participantes.Ah, seu blog é muito fofo!

    bjs

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  3. Olá

    Estou navegando pelos diversos blogs que estão participando desta coletiva. Gostei do texto apresentado, e precisamos dar um basta a este tipo de comportamento. Já estou participando pela segunda vez, pois é uma questão relevante.
    Seu blog é muito criativo, parabéns

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  4. Essas pesquisas não apontam dados nos EUA que deve ser o país com maior número de casos, afirmo isto pelo que lemos nos noticiários e também, lembra-se do caso em uma escola na Rússia, ano passado? Colocam culpa em um jogo de vídeo game "DOM" para o começo da matança, mas será? Acho que a violência é latente e em dado momento explode! Os ambientes em que a criança/adolescente alimenta tal procedimento. Os adultos, senhores da palavra, invariavelmente custam a enxergar os sinais! Beijus,

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  5. Olá, vim ler sua participação.
    Uma das belezas dos blogs é isso né?
    Levantar um assunto como esse, tão novo para nós, e tão dolorido.
    Achei o layout do seu blog muito fofo e engraçado.
    Parabéns!
    Abraços

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  6. Trata-se de um assunto interessante. Hoje, já é possível ver menores envolvidos com drogas, sexo precoce e muito descontrole. Ter a noção exata do que são essas práticas - incluindo o Bullying - é superimportante para os pais, pois a partir deste ponto podem dar uma melhor Educação a seus filhos.

    Abraços

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  7. Parabéns pela sua postagem. Muito boa. Gostei muito.
    Se hoje é o dia de debatermos o tema bullying.estou participando da coletiva.
    Pois ele tem suas diversas manifestações, que precisam ser observadas.
    Algumas atitudes e comportamentos são comuns de um estudante vítima de bullying.
    Venha ver as demais no meu blog interação de amigos.
    http://sandrarandrade7.blogspot.com
    Estou tbém participando.
    Vamos todos lutar por esta causa.Vamos dizer não.Temos que lutarmos contra o tempo. Muitas coisas ruins já estam acontecendo.
    Muitos ainda estam cegos..Outros não querem se envolver. Mas nós podemos fazer a diferença..Divulgando e lutando..
    A batalha é nossa, não podemos perdê-la.
    Carinhosamente,
    Sandra

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  8. Patinha,

    O bullying é um problema sério que meree ser discutido com toda a sobriedade, como esta sendo nesta coletiva.

    Grande abraço e parabéns pela participação.

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